O ouvido é um órgão bastante sensível e importante no corpo humano. Ele é simplesmente responsável por detectar, fornecer e traduzir informações sonoras para o nosso cérebro através de três diferentes partes do ouvido, que são denominadas de: ouvido externo, ouvido médio e ouvido interno.

As ondas de som se movimentam do ouvido externo por meio do canal auricular e então causam as vibrações no tímpano (membrana timpânica). Esse deslocamento se aciona nos três pequenos ossos chamados de ossículos ou martelo. Essas vibrações se movem através da janela oval até o fluído na cóclea, que fica no ouvido interno.

Por isso, graças aos sons que são processados e transmitidos ao cérebro, é possível que nosso senso de equilíbrio seja mantido.

Agora, você já imaginou um mundo sem som? Ou um mundo em que todos os sons que você conhece fossem se perdendo gradualmente, até não ser possível identificar mais nada a não ser vibrações?

A perda auditiva, também conhecida como surdez ou hipoacusia, é a perda parcial ou total de audição, que pode ser de nascença ou causada posteriormente por doenças e causas naturais.

De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), um em cada sete brasileiros sofrem de algum tipo de deficiência auditiva. 80% desses brasileiros não têm conhecimento que possuem problemas de audição ou não procuram auxílio de um médico especializado.

Geralmente, as pessoas demoram em média de cinco a sete anos para procurar tratamento depois que se inicia quadro de perda auditiva.

Indícios e causas de perda auditiva

As pessoas com perda auditiva costumam apresentar diversos indícios de que estão sofrendo com o problema.

Elas apresentam esses sinais em determinadas situações, como por exemplo: quando pedem para os outros repetirem o que já disseram, quando falam mais alto que o normal, quando não apresentam reações diante de sons mais elevados e quando tentam fazer leitura labial para identificar o que foi dito.

Uma das principais causas de perda auditiva está associada ao envelhecimento, pois, com o tempo, as células do ouvido interno podem ser danificadas. Outras causas estão ligadas à poluição sonora, hereditariedade, uso de medicamentos e doenças.

Quais são as categorias da perda auditiva

A perda auditiva está dividida em três tipos:

• Perda auditiva condutiva: é caracterizada quando o som não consegue chegar até o sistema auditivo interno. Isso pode acontecer por ferimentos no tímpano, excesso de cera no ouvido, infecções no ouvido médio e Otosclerose.
• Perda auditiva neurossensorial: é caracterizada quando há uma falha do nervo auditivo. Por isso, mesmo que as ondas ou vibrações sonoras consigam se deslocar ao ouvido interno, elas não são transformadas em impulsos elétricos para o cérebro. Esse caso ocorre por danos no nervo auditivo, que podem ser causados por envelhecimento, efeitos colaterais de medicamentos, infecções e outras doenças, ruídos muito altos, entre outros.
• Perda auditiva mista: combinação da perda condutiva com a perda neurossensorial.

Qual o profissional mais adequado para tratar o problema?

Os pacientes com indícios de perda auditiva precisam procurar um profissional especializado, como o otorrinolaringologista, para o diagnóstico correto da doença. Esse profissional vai avaliar e testar a audição para identificar o tipo e grau da perda, cujos resultados serão ilustrados no audiograma.

O otorrinolaringologista é responsável pelo tratamento clínico e cirúrgico de doenças associadas à audição, respiração e garganta. Alguns sintomas e patologias tratadas pelo profissional são: resfriado, amigdalite, rinite alérgica, câncer de faringe, rouquidão, sinusite, obstrução nasal e, inclusive, perda de audição.

Portanto, se você tiver alguns dos sintomas abordados no texto ou conhecer alguém que esteja passando por isso, procure um médico otorrinolaringologista. Isso vai ajudar tanto na prevenção, quanto no tratamento correto da doença.